Otorrinolaringologia

Labirintite

As doenças do labirinto são mais conhecidas como “labirintites”, uma denominação errônea porque uma infecção ou inflamação do labirinto, como sugere o sufixo-ite, é de  ocorrência rara. O termo labirintopatia é considerado o mais correto para designar as afecções da orelha interna ou labirinto.

Os sintomas mais frequentes são: tontura rotátoria ou não, ruídos no ouvido ou na cabeça (zumbido, zoada, tinido, tinitus), diminuição da audição, dificuldade para entender, desconforto a sons mais intensos, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga física e mental, cefaléia, enxaqueca, náuseas, vômitos, ansiedade e taquicardia.

Muitas doenças podem acometer o labirinto e iremos mencionar apenas as mais comuns:vertigem postural paroxística benigna, doença de Ménière, neurite vestibular, doenças do ouvido médio e/ou tuba auditiva, Cinetose (mal do movimento), surdez súbita e vertigem, Esclerose Múltipla.

O diagnóstico baseia-se na valorização dos sintomas, no exame otorrinolaringológico e na realização do exame otoneurológico (exame do labirinto) que consiste na realização de testes auditivos e de equilibrio (vectoeletronistagmografia). Em muitos casos pode ser necessário a realização de exames de sangue, tomografia computadorizada e ressonância magnética. 

O tratamento inclui o efetivo controle da causa, a utilização de medicamentos (vasodilatadores, depressores labirinticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, ansioliticos e antiemeticos), uma dieta bem orientada que deverá incluir alimentação a cada 3 horas, restrição de  açucares, massas e café, supressão do álcool e do cigarro e na realização de exercícios de reabilitação labirintica (fisioterapia labirintica). O tratamento cirúrgico( labirintectomias, descompressão do saco endolinfático) está indicado nos casos de intratabilidade clínica.